Jeferson Andrade e um semestre de críticas na presidência da Alese
A informação mais recente de uma tentativa de antecipação da eleição da mesa diretora para garantir a sua reeleição caiu como um verdadeiro “balde de água fria” na base governista
por Daniel Rezende
Repercute muito mal nos corredores da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) os primeiros meses de presidência do deputado estadual Jeferson Andrade (PSD) à frente do Poder Legislativo. Além de desagradar aliados acostumados com um período de muita generosidade e atenção do ex-presidente e deputado estadual Luciano Bispo (PSD), o presidente demonstra pouco compromisso com as pautas apresentadas pelos deputados de oposição.
Jeferson é avaliado como um político “verde”, que chegou à presidência da Alese muito pela força política familiar e pouco pelo que produz enquanto legislador e articulador político. Ele é visto como uma pessoa muito fechada e de pouco diálogo, o que desagrada muito mais os aliados do que a própria bancada de oposição do órgão.
Para completar o “combo” de um semestre em que o presidente não mostrou a que veio, a informação mais recente de uma tentativa de antecipação da eleição da mesa diretora para garantir a sua reeleição caiu como um verdadeiro “balde de água fria” na base governista. Figuras que nos bastidores já começavam a ensaiar uma candidatura futura, recuaram e não comentam mais sobre o assunto.
Como ninguém tem coragem de enfrentar a força familiar do herdeiro dos Andrade, é muito provável que a antecipação do pleito garanta mesmo a sua reeleição, que seria um verdadeiro "tapa na cara" dos sergipanos. Há quase 10 anos a Assembleia vem antecipando suas eleições como forma de manutenção da hegemonia governista no controle do órgão.
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