Boquim: Pré-candidatura de Jorge Mitidieri reforça que Chicão é a única liderança de oposição
A disputa se encaminha para um verdadeiro duelo entre “Davi e Golias” e a decisão entre optar pela força econômica e a força popular ficarão a cargo da população de Boquim.
O empresário e tio do governador Fábio Mitidieri, Jorge Mitidieri (PSD), anunciou em entrevista que será mesmo candidato à prefeitura de Boquim em 2024. O anúncio confirma a tese da formação de um “supergrupo” na Terra da Laranja visando as eleições do ano seguinte.
Atualmente, todas as forças políticas do município estão unificadas em uma grande junção que envolve poder e força econômica patrocinados pela máquina pública da Prefeitura de Boquim e do Governo do Estado. Jorge é visto como representante incontestável dessa elite política, pois, além de tio do governador, é um empresário milionário que detém grandes indústrias na região.
O prefeito Eraldo do Cabeça Dantas (Progressistas) até ensaiou lançar um nome próprio à sua sucessão, mas ao decidir apoiar Fábio Mitidieri (PSD) ao governo em 2022 acabou tendo sua liderança reduzida às vontades da família Mitidieri. Agora vive uma melancólica despedida da prefeitura e a inevitável perda do prestígio político.
A exceção parece ser mesmo o atual vice-prefeito Chicão Almeida (PT) que lidera a oposição e tem o prestígio do PT de Lula para entrar na disputa. Chicão encaminha uma pré-candidatura contra a maior junção política e econômica da história de Boquim e aposta na vontade popular para impedir o avanço do elitismo político no município.
Ele foi praticamente execrado da administração por Eraldo, tendo inclusive seus bens retirados do gabinete onde despachava e entregues na sua residência de forma autoritária pelo prefeito. A ação do gestor não foi em vão. Ele sabe do potencial de articulação do petista e o afastou dos rumos administrativos do município por medo de ter na sombra alguém mais inteligente e articulado politicamente.
O fato é que a disputa se encaminha para um verdadeiro duelo entre “Davi e Golias” e a decisão entre optar pela força econômica e a força popular ficarão a cargo da população de Boquim.
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