Erro de Sukita não anula fracasso do São Pedro de Capela

Viralizou nas redes sociais um vídeo em que mostra uma clara cena de descumprimento à lei protagonizada pelo ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, durante a realização do tradicional cortejo do mastro no São Pedro do município. O erro do político rapidamente passou a ser utilizado como narrativa política e serviu como um ‘bode expiatório’ para esconder o fracasso que foi mais uma edição do São Pedro sob a gestão de Silvany Mamlak (PSC). 

Sempre polêmico, Sukita levantou diversas questões pertinentes à festa durante os dias que antecederam e no decorrer da sua realização. A quebra da tradição junina, bem como as medidas tomadas pela gestão Silvany na organização do evento são justas e devem ser repensadas pela administradora.

Já não se vê o São Pedro de Capela com a dimensão de outrora e isso é fato incontestável pela própria população e mais ainda pelos costumeiros visitantes que se encantavam com a festa, mas que nessa edição compareceram em quantidade muito reduzida. Ao menos neste ano não foi registrada uma tragédia na proporção do que ocorreu em 2022, quando um homem foi assassinado brutalmente durante uma briga generalizada e sob circunstâncias que exibiam a falta de segurança no evento, mas outras falhas não passaram despercebidas e geraram críticas contundentes nas redes e na imprensa. 

Moradores chegaram a realizar uma manifestação dias antes do evento em protesto ao fechamento de ruas promovido pela gestão de forma deliberada, sem dialogar com a comunidade, e contra a elitização do evento, tendo em vista a disponibilização de um camarote gigante patrocinado pela gestão para encantar amigos e correligionários da prefeita e seu esposo, o deputado estadual Cristiano Cavalcante (UB).

Quando Sukita levantou a voz para denunciar esses fatos, a imprensa o deu espaço e razão, mas bastou a falha do ex-prefeito ser divulgada que a narrativa mudou de percurso. Um erro não deve anular o outro e, principalmente, não pode ser alvo de relativização. Ficou notório que houve uma estratégia de comunicação afim de camuflar as falhas administrativas de Silvany a partir do erro bisonho de Sukita. 

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