O inferno astral de Gustinho: Confusões, inelegibilidade e perda do mandato
Inelegível por seis anos e prestes a ser cassado do seu mandato, Gustinho se vê numa situação de fragilidade
Em menos de um mês a confortável vida política do deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) virou de ponta a cabeça. Primeiro, o envolvimento em uma polêmica que repercutiu nacionalmente quando discutiu com seguranças da cantora sertaneja Ana Castela, e segundo quando foi notificado da sua inelegibilidade e perda do mandato pelo Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ/SE).
A decisão do órgão foi anunciada na última quinta-feira, 6, após acatar denúncia do Ministério Público Estadual (MP-SE) relacionada ao escândalo no desvio de verbas de subvenção da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), quando ainda era deputado estadual.
Inelegível por seis anos e prestes a ser cassado do seu mandato, Gustinho se vê numa situação de fragilidade que não combina com o seu perfil político. De nariz empinado e postura arrogante, o sergipano vinha desfilando poder nos últimos anos e já se colocava, internamente, como um possível candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026.
Tamanha mania de grandeza e sede de poder não são em vão. Gustinho além de ser deputado federal e ex-vice-líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, também faz parte de uma família para lá de poderosa. Entre os mais chegados, dá para enumerar: mãe no cargo de deputada estadual; esposa, prefeita de Lagarto; pai, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE).
Talvez, por tamanho poder, é que a notícia da sua inelegibilidade por seis anos e perda do mandato chegou com tamanho impacto aos sergipanos. Era virtualmente impossível vislumbrar qualquer tipo de ação jurídica que viesse a impactar um homem tão blindado.
A decisão do TJ cabe recurso e, certamente, a defesa do Ribeiro a buscará e o seu mandato será preservado pelo máximo de tempo possível. Mas para os sergipanos e, especialmente, aos lagartenses fica evidente a mensagem: Não há poder que não desmorone quando há seriedade na Justiça.
Quer receber gratuitamente as principais notícias do Política de Fato no seu WhatsApp? Clique aqui.