Heleno avalia cenário: “O mundo político em Canindé está na lona”
O ex-prefeito dialoga com todas as frentes, inclusive com Weldo, mas isto não o faz, automaticamente, concordar com os rumos da sua gestão
“O mundo político em Canindé está na lona”, com essa frase o ex-prefeito de Canindé de São Francisco, Heleno Silva (Republicanos), resumiu o que pensa do cenário político de um dos municípios mais importantes para o Estado de Sergipe. É que Heleno continua ativo no município e se preocupa com o turbilhão de problemas políticos e administrativos enfrentados, principalmente, pela população.
Em pouco mais de um mês o prefeito Weldo Mariano (PT) apresentou licença de afastamento por 180 dias para se livrar de um impeachment na Câmara de Vereadores. Assumiu o vice-prefeito Pank, que dias depois denunciou à imprensa um desfalque milionário nos cofres públicos. Revoltado, Weldo pediu retorno ao cargo e o imbróglio jurídico deixou o município numa rotatividade de prefeitos durante quase duas semanas.
Para Heleno, tudo isso é muito prejudicial a Canindé, “É preciso costurar novas alianças, montar novos projetos´. O povo está muito decepcionado, pois sabe que a prefeitura recebe um grande volume de recursos e os serviços básicos não são feitos. Não há obras, escolas, praças, nada [...] O próximo prefeito tem que transmitir esperança e isso é um pouco do que tenho procurado fazer, mostrando que ao longo dos anos em que fui prefeito fiz uma grande gestão do ponto de vista de obras e do social”, comentou ao Política de Fato.
Atualmente, o ex-prefeito e ex-deputado federal e estadual apresenta um programa de rádio na Xingó FM e tem utilizado os microfones dessa potência radiofônica para alertar à população que maldar a política não é o caminho correto. ”Procuro dizer à população que é preciso acreditar, porque é a política quem vai solucionar esses problemas. Tenho procurado ajudar na minha experiência que tenho, dando sugestões administrativas”, disse.
Segundo ele, há diálogo com todas as frentes, inclusive com Weldo Mariano, mas que isto não o faz, automaticamente, concordar com os rumos da sua gestão. “Dialogo com todo o campo político, mas não concordo com a gestão Weldo. Se ele me ouvisse ele já teria tomado decisões diferentes. Acho que a equipe não o ajuda [...] É preciso ter uma equipe técnica”, completou.
Questionado sobre uma pré-candidatura a prefeito, ele foi enfático: “Sou um corredor que está na pista [...] Meu nome está colocado, mas não tenho um grupo. Tenho somente uma liderança própria, com quase 3 mil votos para deputado federal”, finalizou.
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