Danielle Garcia é a mais letal das armas governistas para neutralizar Emília
por Daniel Rezende
A maior surpresa da reunião entre lideranças governistas na noite da última segunda-feira, 15, foi a indicação da delegada Danielle Garcia (Podemos) pelo senador Alessandro Vieira (MDB) para a disputa à Prefeitura de Aracaju. A escolha do senador pegou o governador Fábio Mitidieri (PSD) de surpresa, mas o maior susto partiu do ex-deputado federal André Moura (União Brasil).
É que André acreditava piamente em um controle político da delegada devido à aproximação entre os dois desde o fim do pleito no ano passado. Mas, aparentemente, Garcia resolveu voltar “às raízes” e se reaproximar de Alessandro.
Ao lado de Daniele, os principais citados foram os pré-candidatos Luiz Roberto (PDT), Katarina Feitosa (PSD), Yandra Moura (UB), Fabiano Oliveira (Progressistas). Todos com um apadrinhamento político representado no encontro.
Para Política de Fato, não há dúvidas: Danielle é a mais letal das armas governistas se estes tiverem por objetivo neutralizar o fenômeno eleitoral que tem se criado em torno da vereadora e pré-candidata a prefeita, Emília Correia (PRD).
É consenso entre os analistas de que as eleições que se aproximam terão um protagonismo feminino além do comum. Esse argumento por si só já seria suficiente para o bloco avaliar com cautela o nome de Danielle, mas a semelhança dos discursos que as lançaram na política, o histórico de atuação pelo serviço público (Uma delegada e outra defensora pública) e a aproximação com o campo político de centro-direita são fatores a serem considerados.
Emília é hoje a pré-candidata a ser batida, surfando na onda eleitoral anti stablishment e com uma pré-campanha de postura semelhante ao também fenômeno Valmir de Francisquinho (PL). No caso deste, a derrota só veio nas vias judiciais em um processo que possuía um resultado negativo previsto.
É bom o agrupamento governista abrir o olho, pois, desta vez, a única via que de fato poderá levar ao êxito, é a eleitoral.
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