Março Vermelho: Assembleia delibera calendário de lutas para março em defesa do magistério
Professoras e professores das redes estadual e municipais de Sergipe se reuniram em assembleia geral unificada, na manhã de ontem, 6 de março, para discutir a luta em defesa da categoria.
Conforme definido no 18º Congresso Estadual do SINTESE, o mês de março foi escolhido como um mês de luta e foi chamado Março Vermelho. Na assembleia, professoras e professores deliberaram um calendário com diversas ações envolvendo várias frentes de luta da categoria.
As atividades começam nesta sexta, 8 de março, com a Marcha das Mulheres pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres. A concentração do ato será às 7 horas da manhã, na Praça da Bandeira. “A pauta principal do 8 de Março é a luta pelo direito à vida, sem violência e contra o fascismo. E esta é uma bandeira de homens e mulheres”, disse Roberto Silva, presidente do SINTESE.
No dia 14 de março, acontece plenária virtual dos/as conselheiros/as de alimentação escolar.
No dia 15 de março, será publicada a edição de março/abril da Revista Paulo Freire, trazendo textos sobre a importância da educação escolar indígena. “Destacando que a Revista Paulo Freire é distribuída em todas as escolas públicas e também está disponível para download em nosso site. Professores e professoras podem baixar a revista e imprimir quantas cópias quiserem para trabalhar o conteúdo em sala de aula”, lembrou Roberto.
Piso e carreira
Os dias 19 e 20 de março serão marcados pelo ‘Dia D’, dias de luta pelo piso e pela carreira. “O Governo do Estado ainda não sinalizou sobre a atualização do piso nacional do magistério, que está valendo desde janeiro. Nas redes municipais, trinta e três municípios já atualizaram o piso conforme determina a legislação nacional, mas a gente entende que ainda temos muitas lutas por fazer”, destacou o presidente do SINTESE, Roberto Silva.
No dia 19, vão acontecer atos e vigílias nos municípios que ainda não atualizaram o piso. No dia 20, professoras e professores irão para a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) e depois seguirão para a Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (FAMES) para reforçar a pressão sobre os prefeitos que ainda não atualizaram o piso.
No dia 22 de março, acontece paralisação nas redes estadual e municipais de ensino, pelo piso nacional, pela retomada da carreira, por gestão democrática, por melhorias no IpeSaude e contra a privatização da água. “Vamos nos somar aos companheiros e companheiras da Deso, pela manutenção de empregos e pelo nosso direito básico à água”, comentou.
Pedagogia
Ainda no dia 19, às 19h, acontece uma plenária virtual de pedagogos e pedagogas para tratar do plano de luta contra o PL 6.847/2017, que cria o Conselho Profissional de Pedagogia. “Estes profissionais precisam ser respeitados e valorizados enquanto professores. Estão criando dificuldade para que exerçam sua profissão e, com isso, enfraquecem a luta sindical. E isso é um absurdo, por isso a gente tem que lutar contra esse projeto”, reforçou Roberto.
Mais luta
No dia 25, às 19h, acontece plenária virtual sobre condições de trabalho e estudo nas escolas de tempo integral. “Estamos recebendo no SINTESE uma série de denúncias de falta de condições mínimas de funcionamento das escolas de tempo integral. Falta de climatização das salas, de laboratórios, de material, de espaços necessários, entre outras situações que prejudicam trabalhadores e estudantes e isso não pode continuar”, afirmou o presidente do SINTESE, Roberto Silva.
No dia 26, aposentados e aposentadas vão se reunir em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para cobrar a devolução dos 14%, descontados erroneamente durante 27 meses das pensões e aposentadorias de servidores públicos.
Como a luta não para, no dia 1º de abril acontece um ato de desagravo pela ditadura militar no Brasil e em defesa da democracia. “Não podemos jamais deixar que este período horrendo de nossa História caia no esquecimento para que nunca mais se repita”, lembrou o presidente.
E, no dia 13 de abril, acontece mais uma edição do Encontro de Educadores/as Negros/as e Indígenas, que vai acontecer na comunidade Xocó, em Porto da Folha.
“A pauta é intensa mas, com união e mobilização, teremos forças para vencer todas as batalhas. Somos muitas. Somos muitos. Somos fortes”, destacou Roberto.
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