Prefeito de Dores prepara festa milionária após suspender transporte de mais de 300 universitários

por Daniel Rezende

Os erros administrativos e políticos do prefeito Luiz Mário, o “Mário da Clínica” (União Brasil), seguem causando transtornos em Nossa Senhora das Dores. As novas vítimas são os mais de 300 estudantes universitários que se deslocam do município para Aracaju diariamente afim de estudar nas instituições de Ensino Superior.

O prefeito, de maneira abrupta e antidemocrática, cortou o repasse para o transporte gratuito dos estudantes e deixou os jovens “largado às traças”, sob a justificativa de falta de recursos financeiros. O porém é que Luiz Mário está preparando e, inclusive já divulgou, uma mega festa intitulada “Micarense” com três dias de programação. O “line-up” milionário do evento já conta com nomes como Léo Santana, Samyra Show, É o Tchan, entre outros. Daí vem a dúvida: Se o município passa por uma situação financeira tão grave quanto a que o prefeito alardeia, como conseguirá organizar uma festa tão pomposa e com recursos próprios?

Um dos representantes dos estudantes universitários, que hoje viajam em quatro ônibus para diferentes instituições de ensino da capital, Iago dos Santos, alega que o novo custo do transporte ficará em torno de R$ 140,00 ao mês, mas grande parte dos antigos beneficiados não conseguirá arcar com o valor e deverá trancar seus respectivos cursos. Essa evasão provocará um aumento considerável, gerando uma reação em cadeira que tornará o valor muito acima do esperado.

Outro fato agravante é que o município chegou a dispor de mais de R$ 500 mil para a aquisição de um ônibus escolar, fruto de emenda do senador Alessandro Vieira (MDB), mas o prefeito decidiu alocar o recurso para outra finalidade. Com este ônibus no inventário municipal, talvez a Prefeitura hoje conseguisse flexibilizar melhor a situação e não alegar, tão abruptamente o esvaziamento de recursos para os estudantes.

Em nota, a Prefeitura justificou a retenção integral do FPM (Fundo de Participação Municipal), executada pela Receita Federal do Brasil, como responsável pela suspensão. A nota também esclarece: "Em nenhum momento a gestão anunciou o cancelamento definitivo desse repasse. Foi informado aos coordenadores que essa situação poderá durar cerca de 3 meses, e que os alunos de baixa renda continuarão a receber suporte por parte do município", completou.

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