Willame Lima, o radialismo e a liberdade de expressão em Canindé


13/06/2024 11:53

Por Daniel Rezende

Há algum tempo o Política de Fato tem observado com cautela a tentativa de censura e as ameaças que têm atingindo o radialista da Rádio Xingó FM, Willame Lima, pela sua atuação em Canindé de São Francisco. Os conflitos até aqui fazem este espaço abandonar a cautela e abrir o berreiro para denunciar que há uma clara tentativa de intimidação e cerceamento à função do comunicador, sob a triste conivência e influência da classe política local e de colegas de profissão.

Willame é um profissional de mão cheia que cresceu em meio a imensas dificuldades que a maioria dos leitores pode não compreender, mas que é de conhecimento de quem o acompanha desde antes da sua formação profissional. Trabalhou a duras penas para conquistar espaços como o que se encontra e hoje cumpre um necessário papel de agente propagador das falhas administrativas da gestão, tendo uma importância neste quesito talvez superior a que se espera de vereadores e demais oposicionistas. Se há falhas no método de divulgação desses fatos e criticas à sua atuação, estas precisam ser debatidas na esfera democrática e não sob ameaças veladas.

Até a chegada dessa nova etapa profissional que está sendo cumprida em Canindé, Willame jamais havia passado por tamanha tentativa de cerceamento, mesmo topando desafios anteriores em cidades cuja política partidária roda em alta voltagem e intenso acirramento, a exemplo de Itabaiana. Por que Canindé despertaria tanta efervescência de torcidas contra um radialista como tem despertado contra Willame? A conta é simples e envolve cifras milionárias na disputa pela Prefeitura Municipal, mas não se justifica.

É até natural que no jogo político os grupos se digladiem e apontem falhas nos comunicadores, mas não é admissível a criação de narrativas para intimidar e destruir a reputação imputando ao radialista crimes graves.

Até o momento, Lima foi acusado de dois crimes: Divulgação de Fake News e agressões físicas e verbais. A primeira surge de uma reclamação pela não divulgação das fontes do radialista (???) envolvendo uma especulação de rompimento entre o prefeito Weldo Mariano (PT) e Kaká Andrade (PSD) e a outra envolve supostas agressões embasadas em um boletim de ocorrência com fatos que, até então, sequer foram investigados e adequadamente apurados, além de tantas outras situações menores que comprovam o quanto o comunicador natural de Nossa Senhora da Glória tem sido uma pedra no sapato.

O comentário entre a classe política e os colegas de comunicação é unânime: Willame precisa ter medo e tomar cuidado. Mas cuidado com o quê? Medo de quê? O que Willame deveria temer em um estado aparentemente seguro e democrático para os comunicadores? Isso se chama assédio e deveria ser alvo de uma dura reação das entidades sindicais que protegem o comunicador.

Se há autoridades atentas ao trabalho de Willame e com interesse na sua censura, é preciso deixar um duro recado: Sergipe está de olho em Canindé e a imprensa também.


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