Vereador afirma que se relacionou sexualmente em troca de voto; Declaração pode gerar perda de mandato


18/07/2024 08:52

Tem viralizado nas redes sociais um trecho curioso de uma entrevista concedida pelo vereador Wagner Kakinha, do município de Poço Redondo. O parlamentar afirmou que, na eleição anterior, se relacionou sexualmente com um eleitor em troca de seu voto.

A fala acima foi feita durante a realização de um episódio do “Entrevista Tatu”, podcast do apresentador Alan Lira. Durante o bate papo, foi questionado ao vereador sobre o pedido mais inusitado já recebido durante a campanha para vereador.

De maneira descontraída e direta, o vereador disse que um eleitor lhe disse que votaria nele caso tivesse relação sexual com o parlamentar, que, segundo ele, não mediu esforços e atendeu o pedido do rapaz. Inclusive, citou que o voto resultante do ato foi decisivo para que ficasse em primeiro lugar no pleito.

Ocorre que a legislação eleitoral é bem clara quando trata da captação ilícita de sufrágio, caracterizada, dentre outros fatores, pelo oferecimento de vantagem pessoal em troca de voto. A ilegalidade prevista é punível com multa e cassação do registro ou diploma do mandatário. Na fala apresentada, é nítida a “vantagem” oferecida ao eleitor.

É notório que trata-se de um caso inédito, talvez nunca apreciado pela justiça eleitoral, que é subjetiva e pode adotar variados entendimentos adequados aos casos que chegam ao seu conhecimento. Será que o fato acima terá desdobramentos e levará o judiciário a criar uma nova modalidade de ilegalidade eleitoral?


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