Sindimina/SE denuncia assédio moral de trabalhadores portuários praticados pela empresa VLI
Na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Sergipe), no dia 19 de maio, segunda-feira, trabalhadores da VLI/TMIB que atuam no Terminal Marítimo Inácio Barbosa, localizado na Barra dos Coqueiros, se reuniram em assembleia geral para avaliação da Participação nos Lucros e Resultados da Empresa (PLR). Mas o assunto que veio à tona foi a situação de assédio moral que os trabalhadores e trabalhadoras enfrentam diariamente.
Ameaça constante de demissão, negação do direito de se afastar do trabalho para cuidar da saúde e interferência da gestão da empresa nas eleições para CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) foram alguns dos absurdos relatados pelos trabalhadores na assembleia geral.
O presidente do SINDIMINA/SE, Álvaro Alves, contou que desde o ano 2023 vem conversando com a administração da empresa para alertar sobre a situação de assédio moral no ambiente de trabalho que está criando um clima insuportável de convivência, uma atmosfera de medo devido às ameaças constantes de demissão.
“Eles chegaram a demitir um trabalhador com apendicite que precisou fazer uma cirurgia de emergência. Isso mostra como a empresa trata o trabalhador que precisa cuidar de sua saúde. É como se a saúde e a vida dos trabalhadores não tivessem importância para a empresa e não podemos aceitar isso, pois os trabalhadores é que constroem as riquezas e lucratividade da empresa, portanto devem trabalhar com saúde, com segurança e sem assédio moral”, declarou o presidente do SINDIMINA/SE.
Álvaro Alves revelou que, em 2024, três trabalhadores que estavam na maré entraram em contato com a equipe de resgate pedindo socorro para retornar ao porto e este socorro foi negado por ordem expressa da gestão da empresa.
“O gestor proibiu que saísse do porto a equipe de resgate da empresa treinada para agir em casos como este. Os trabalhadores poderiam ter morrido afogados se um funcionário que faz a segurança patrimonial não fosse salvar os três trabalhadores. Inclusive, este trabalhador terceirizado que salvou os colegas foi retaliado. Neste ambiente de assédio, acontecem coisas absurdas”, denunciou Álvaro Alves.
O sindicalista explicou que devido às constantes ameaças, muitos trabalhadores não têm a coragem de denunciar. Portanto o sindicato que já tentou resolver o problema dialogando com a empresa em 2023, 2024 e agora em 2025. Sem encontrar solução através do diálogo o SINDIMINA/SE pretende levar essas denúncias ao Ministério Público para que esta situação de assédio moral tenha um fim.
Texto e foto Iracema Corso
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