Hesitação em assinatura gera desgaste de Laércio com bolsonaristas

Desde o início de agosto de 2025, o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ganhou um apoio expressivo entre senadores alinhados à oposição e ao bolsonarismo, que acusam o ministro de abuso de autoridade e interferência política.
Nesta quinta-feira (7), o movimento alcançou as 41 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de impeachment no Senado, com a assinatura decisiva do senador Laércio Oliveira (PP-SE). Muito embora o impeachment não vá avançar no Senado, conforme já foi avisado publicamente pelo presidente Davi Alcolumbre, o desgaste causado a Laércio pode trazer consequências irreversíveis.
A hesitação inicial do sergipano em assinar o documento gerou desgaste entre seus apoiadores bolsonaristas, que esperavam uma adesão mais rápida e firme do parlamentar, eleito em 2022 por uma base eleitoral predominantemente de centro-direita e bolsonarista. Parte desse desgaste pode estar relacionada a uma reportagem que revelou sua sociedade em empresa beneficiada por emendas parlamentares da bancada sergipana. A posição do parlamentar gera ainda mais exposição política ao seu nome.
O fato de ter sido flagrado em reunião com Alcolumbre minutos antes da sua decisão, trouxe ainda mais desgaste. Ficou nítida uma manobra de assinatura em um processo que já nascia natimorto. Ou seja: Laércio terminou assinando somente por descobrir, via presidente, que o impeachment tampouco seria pautado.
Quer receber gratuitamente as principais notícias do Política de Fato no seu WhatsApp? Clique aqui.