Fábio Meireles questiona secretário da fazenda de Aracaju pela elevada despesa no 1º quadrimestre de 2025
O vereador Fábio Meireles (PDT) questionou, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), nesta quarta-feira (03), o secretário municipal de finanças, Sidney Thiago, acompanhado pela secretária-executiva institucional, Mayara Teixeira, por ocasião da audiência pública referente ao primeiro quadrimestre de 2025.
O vereador fez questionamentos, baseados na apresentação do relatório da Secretaria Municipal da Fazenda.
O vereador Fábio Meireles questionou: “As despesas correntes empenhadas mais que dobraram, segundo a apresentação, passando de R$ 645 milhões para R$ 1,1 bilhão. O que motivou essa elevação tão expressiva em tão pouco tempo?”. Meireles também questionou as despesas empenhadas com pessoal, para saber se esse crescimento está relacionado a reajustes salariais e novas contratações. O vereador ainda comentou que, apesar de o município ter empenhado R$ 1 bilhão, os investimentos até abril de 2025 estavam em torno de R$ 142 milhões.
“As despesas empenhadas com o pessoal e encargos sociais no período saiu de R$ 302 milhões para R$ 559 milhões, isso bimestral, janeiro/ fevereiro/ março abril. Esse crescimento está relacionado a reajustes salariais, novas contratações ou aumento de encargos, secretário?”, questionou o vereador.
“Quais medidas serão adotadas para acelerar a execução até o final do exercício? Quais os maiores investimentos do exercício secretário, esses são meus três questionamentos”, indagou o vereador.
O secretário Sidney apontou que, no primeiro quadrimestre, Aracaju apresentou um pequeno avanço na arrecadação, mas enfrentou dificuldades financeiras devido a dívidas herdadas da gestão anterior, somando R$ 257,5 milhões. Houve também um congelamento do IPTU, o que, segundo o secretário, agravou a situação. “A disponibilidade de caixa deixada pela administração passada não foi suficiente para cobrir essas dívidas, resultando em valores a pagar em aberto, cerca de R$ 93 milhões, além de despesas sem dotação orçamentária, o que comprometeu o orçamento e as finanças de 2025”, pontuou o secretário.
De acordo com Sidney, a nova gestão precisou empenhar essas despesas como obrigações dos exercícios anteriores para garantir o pagamento a fornecedores e a continuidade dos serviços públicos. “Apesar do empenho total de R$ 1,1 bilhão, a execução financeira efetiva no segundo bimestre foi de R$ 453 milhões, sem aumento na receita ou na despesa de custeio da máquina pública”, reforçou. Além disso, o secretário afirmou que não houve venda de nenhum patrimônio público e que o aumento dos encargos da dívida ocorreu por conta das variações na cotação do dólar.
Fonte: Câmara Municipal de Aracaju
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