Ana Alves dispara: “O PT montou uma instituição do crime e pratica a política da vergonha no Brasil”
Nova presidente do Democratas garante que definições para 2018 só depois que ouvir o partido.
A personalidade da jornalista Ana Alves pode ser entendida como uma síntese entre a coragem de João Alves e a ternura firme de Maria do Carmo. Tem respostas para todas as perguntas, direta, objetiva e não tergiversa. Um poço de candura com seus aliados e um caldeirão de fervura com seus adversários. Prega a renovação política em um partido que deriva da ditadura militar. Acredita que o Democratas “nascerá das cinzas, como a fênix”.
Na primeira entrevista após assumir o comando do DEM, Aninha, como é chamada pelos amigos, faz uma análise do cenário brasileiro e atribui ao Partido dos Trabalhadores a culpa pelas dificuldades financeiras e pela crise política porque passa o Brasil. “A culpa é do PT que é uma indústria da mentira e do roubo que se institucionalizou no Brasil. E reforça: “só o voto em 2018 pode mudar isso e o povo precisa ter mais consciência”. A dirigente admite que os tempos são difíceis e que há contradições entre teoria e prática, principalmente no meio político e que há uma “crise de valores”.
Questionada sobre o prestigio de André Moura (PSC), deputado federal que atua como líder do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional, a democrata afirma que o parlamentar não exerce mais do que a sua obrigação e “tem que trabalhar pelo estado”. “Não há mérito nenhum nisso e se ele tem essa proximidade com o Governo Federal tem mesmo é que trabalhar pelo Brasil inteiro. Essa é a obrigação de um deputado eleito”, avalia.
Segundo Ana, a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, sucessor de João Alves na Prefeitura de Aracaju é uma tragédia. Para ela, o Município está sendo administrado por quem “acorda depois das 14 horas”. “É uma desgraça, consegue ser muito ruim. Não gosta de trabalhar e nem o curso de Medicina concluiu”. No conceito da jornalista, Jackson Barreto “é um político antigo” mas que tem trabalho junto aos movimentos populares. “Jackson é u milhão de vezes melhor do que Edvaldo”.
Sobre Rogério Carvalho, ex-deputado e ex-secretário de Saúde do Estado e candidato derrotado em 2014 para o Senado justamente para Maria do Carmo, a demista duvida que o PT definirá seu nome para uma candidatura a Senador ou Governador porque ele não representa o povo sergipano”. “Até hoje ninguém esquece do estrago na Saúde deixado por Rogério. Não que antes a Rede de Saúde fosse uma maravilha, mas depois dele piorou”. E questiona: “Por que ele criou as fundações?”
Defesa do legado político
Mesmo preferindo não ser rotulada como “ a filha de João Alves e Maria do Carmo”, defende a história da família e, especialmente de seus pais. “Dr. João e dona Maria contribuíram para o progresso de Sergipe, seja como empresários, ou como políticos e é por todo amor dedicado a Sergipe pelos meus pais que tentarei seguir seus passos. Claro que na vida pública tudo tem o ônus e o bônus mas me orgulha muito ser filha destes casal destes políticos”.
Renovação
Na avaliação de Ana, seu papel é reorganizar o Democratas e qualificar os quadros da agremiação. “Queremos ver os jovens na politica porque fortalece a democracia e será através da inquietação dos jovens que voltaremos a ser um partido forte. Vamos trazer novas ideias e pretendemos visitar todos os diretórios e debater com as lideranças o presente e o futuro”, enfatiza.
A dirigente contabiliza os municípios onde o partido está presente. “Estamos presente na maioria das cidades e temos prefeitos como Antônio Passos em Ribeirópolis, Neto de Milton em Pedra Mole, Wolney Leite, Paulo Hagembeck em Laranjeiras entre outros. Contamos com cerca de 30 vereadores e isso nos coloca como uma força importante no cenário sergipano” comemora Ana.
Palanque 2018
“Estaremos no palanque que melhor atender aos sergipanos e decidiremos isso no conjunto do partido e entre os quatro nomes ventilados até o momento iremos escolher o melhor projeto”, disse. Mas adverte que entre os postulantes até agora cogitados (Belivaldo Chagas, Eduardo Amorim, André Moura e o senador Valadares) “dois com certeza são bons nomes".
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