Lula em Sergipe: veja quem foi o aparecidense que votou pelo título de Doutor Honoris Causa
Título foi aprovado em 2013.
Por SergipeNet, da redação.
O ano era 2013 nada muito anormal (se é que há alguma normalidade na politica brasileira) ocorria. Em junho daquele, estudantes de várias cidades do Brasil se organizavam para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público. As reivindicações ganharam corpo e em seguida milhões de brasileiros estavam nas ruas protestando não apenas pela redução das tarifas e a violência policial, mas também por uma grande variedade de temas como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral.
Em Sergipe, Jackson Barreto assumia interinamente o Governo por conta do afastamento do então governador Marcelo Déda que se afastava para tratamento médico, vindo a falecer em dezembro daquele ano.
No dia 18 de março, em sessão do Conselho Universitário da Universidade Federal de Sergipe (Consu), entrou em pauta a Resolução 08/2013 que conferia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o título de Doutor Honoris Causa. A honraria fazia parte das comemorações dos 45 anos da UFS e foi relatada pelo professor Antonio Ponciano Bezerra. Após a votação, foram contabilizados apenas três votos contrários.
A concessão do Título
Daquela reunião fazia parte José Leidivaldo Oliveira, estudante de Jornalismo, oriundo do povoado Cruz das Graças, Nossa Senhora Aparecida, e um dos dois únicos estudantes de toda a UFS a compôr o Conselho Superior. O voto de Leidivaldo foi de acompanhar o relator, embora fazendo uma série de ressalvas, como relembra o próprio.
“À época foi uma sessão longa e gerou um debate acirrado, mas de alto nível no Consu, porque havia alguns conselheiros que não concordavam com o título. Pessoalmente, avaliei que pelo conjunto da obra Lula era merecedor do título, principalmente porque foi em seu Governo que a juventude tivesse mais acesso ao ensino superior. Entretanto, também não podíamos admitir já naquela época, várias contradições nos governos de Lula”, explica o agora jornalista, aproveitando para destacar que “independente das questões políticas, a minha decisão naquele episódio foi observando a conjuntura nacional e o cenário de nossa universidade”, conclui.
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